Nunca fui muito de ir para salões de jogos e jogar nas máquinas. E quando o fazia, na minha adolescência, normalmente ia ver alguém jogar. Contudo, várias foram as vezes em que no meu imaginário me perguntava o que estaria dentro da máquina, como é que aquilo que nós víamos era feito, na prática o que estava por trás do ecrã. Finalmente, passados estes anos todos, obtive "resposta" ontem ao fim da tarde, numa sala de cinema!
Ralph é um boneco que faz parte de um videojogo, o qual tem perdurado no tempo e perfaz o seu 30º aniversário. Mas Ralph começa a ficar algo cansado de ser sempre o mau da fita e do reconhecimento ser para os outros...
Devo dizer, que desde "Ratatui" que um filme de animação não mexia tanto comigo! "Força Ralph" está, a exemplo do que tem sido feito em animação, visualmente assombroso mas é toda a sua história e o imaginário que nos enche a alma e nos faz sair da sala com um sorriso nos lábios e, porque não dizê-lo, com uma lágrima no canto do olho.
Cada um é como é, mas quando pensamos que temos pouco ou nenhum valor ou queremos mudar, basta olharmos para os que nos rodeiam, pois é mais fácil julgar-mo-nos a nós próprios pelo que os outros vêm em nós. Esta é uma das mensagens que esta pérola da animação nos deixa. Pessoalmente, é o melhor filme que já vi em 2012. Mais uma vez, obrigado DISNEY!
"Like Crazy" é absolutamente delicioso. Apaixonei-me. É como uma brisa numa tarde quente de verão. É daqueles filmes que nos faz bem à alma só de o ver, mesmo que o final não seja o conto de fadas que muitos filmes são. Porque a realidade é mesmo assim, nem tudo na vida é azul. E este filme só vem dar mais força à ideia de que o tempo é uma das coisas mais importantes da vida. Porque traz sempre as respostas, mesmo àquelas perguntas que parecem não as ter. Para o bem e para o mal.
"- Well, let's say that since you were little, you always dreamed of getting a lion. And you wait, and you wait, and you wait, and you wait but the lion doesn't come. And along comes a giraffe. You can be alone, or you can be with the giraffe.
- I'd wait for the lion."
Este é daqueles filmes que fica connosco após o seu visionamento e que nos faz querer anunciar ao mundo o que acabámos de ver, ou simplesmente falar sobre ele com alguém, ou apenas escrever sobre o filme! Basicamente, comunicar. Foi o que me aconteceu, mais uma vez ontem e hoje aqui estou.
"Assim é o Amor" é um filme sobre a vida, como a própria tradução portuguesa (mais uma vez muito aquém do esperado) deixa antever. O filme é-nos mostrado aos bocados entre três espaços temporais do personagem Oliver (McGregor): o presente, onde conhece uma irreverente Anna (Laurent), a sua infância, onde nos é revelada a sua relação parental e os últimos meses da vida do seu pai, Hal (Plummer). E é através das viagens temporais que nos vamos apercebendo, à medida que o filme decorre, das razões por detrás das personalidades de cada um destes personagens. E aí, devo dizer, chapeau aos três! Ewan McGregor, competente como sempre. De Christopher Plummer dizer apenas que já é apontado como um dos candidatos ao Óscar. E Mélanie Laurent, mon dieu! Que beleza fascinante que enche o ecrã a cada close-up. E que senhora actriz! Neste papel encaixa como uma luva. Deslumbrante.
"Assim é o Amor" é um filme sobre o amor, as relações humanas, as expectativas, o sonho, a magia, o não desistir, o saber esperar. É um filme sobre a vida e sobre como iniciar algo, ainda que não se tenha a mínima ideia de por onde começar..
Matthew não se limita a ligar as peças todas no puzzle, de forma a encaixarem nos filmes que já foram feitos, como consegue aqui um filme de encher o olho! A todos os níveis. A começar por um cast que cumpre e onde brilha a grande altura um Michael Fassbender (ou muito me engano ou daqui a algum tempo temos um novo Bond!) descomunal, a encarnar Magneto. Mas o trunfo maior do filme são mesmo os momentos que nos revelam o início (daí ser uma prequela né! :D) de algumas histórias, que prometem mexer com os fãs da saga, deixando-os com um sorriso. E eu, como fã que sou, o melhor elogio que posso fazer a este filme, é que me deixou com uma vontade enorme de pegar nos 3 filmes seguintes (o do Wolverine para mim é um caso aparte).
Na minha humilde opinião, estamos aqui na presença do melhor filme deste ano, até à data!
E de vez em quando lá vem um raio cinéfilo que nos atinge e nos faz sair da sala de cinema embasbacados e surpreendidos com algo que quando lá entrámos, nem sequer expectativas levávamos!! Foi assim com "Lembra-te de Mim".
Tyler (Pattinson numa surpreendente representação a mostrar que é possível que valha bem mais do que aquilo que querem dele fazer, assim não se "perca") é um jovem irreverente que ainda vive ancorado a uma tragédia familiar, que aliás faz com que tenha uma relação tensa com o pai (Brosnan) e muito chegada à outra irmã (uma fenomenal Ruby Jerins - um nome a decorar!). Tyler sente-se incompreendido até ao dia em que Ally (Ravin) entra na sua vida...
"Lembra-te de Mim" acaba por ser um filme com alguns clichés e até mesmo alguma previsibilidade, mas não deixa de ser uma boa proposta que acaba por ter no seu final o tal murro no estômago que nos faz sair da sala ainda boquiabertos. E tudo porque o filme consegue que nos envolvamos nele, porque faz passar a mensagem que mais importante que pensar ou planear é agir, acabando por nos deixar pensativos no fim. E isso é sempre um ponto a favor, seja qual for a proposta cinéfila.
É, na minha opinião, uma das boas surpresas até agora neste ano: "Um Lugar Para Viver".
Burt (Krasinski) - um actor que cativa e que promete altos voos, agora que começa a "aparecer" - e Verona (Rudolph) são um jovem casal que vivem numa pequena cidade apenas devido aos pais de Burt. Quando descobrem que vão ter um rebento e os pais dele estão de partida para a Europa, decidem dar um rumo à vida e procurar um lugar para viver, criar raízes e iniciar uma família. Mas a viagem vai mostrar algo mais que um simples sítio para assentar...
"Um Lugar Para Viver" é um filme de extremos. Se por um lado tem momentos de absoluto tédio com algumas personagens, importantes para a trama ok mas desinteressantes, tem uma ponta final absolutamente brilhante! E é aí que se nota a mão do realizador, Sam Mendes. É aí que o filme consegue momentos bastante ternurentos e que enchem o coração de quem vê. Só por isso, vale a pena este filme ser visto. Um filme que nos mostra que para se construir algo como seja uma família por exemplo, mais importante do que o sítio onde se vive ou as pessoas que nos rodeiam, tem que existir uma base sólida. E isso só se consegue havendo amor.
Vencedor de 2 Óscares da Academia, para além de ter sido apenas o 2º filme de animação, até hoje, nomeado para categoria de "Melhor Filme". Palavras para quê? "Up"...
James Cameron tem o condão de cada vez que realiza um filme, abanar meio mundo! Foi assim, para dar alguns exemplos, com "Exterminador Implacável 2" , há 12 anos com "Titanic" e recentemente com "Avatar", um filme que começou a ser pensado há mais de 10 anos por Cameron.
Nomeado para 9 Óscares da Academia é um dos favoritos na categoria principal, "Melhor Filme". E apesar de inúmeras críticas (é o preço do sucesso!) o certo é que "Avatar" é uma viagem absolutamente arrebatadora e indescritível! A versão 3D não tem adjectivos que a descrevam!!...o filme ganha vida própria e nós estamos nele, sentimo-nos parte dele. É daquelas experiências que não dá para descrever, há que passar por ela.
É provável que daqui a alguns anos se olhe para "Avatar", como agora se olha para "Titanic" ou como se olhava há poucos anos para "Exterminador Implacável 2". É provável que se pense que é um filme fraco e que vale unicamente pelo espectáculo visual. Eu discordo. Acho este um grandíssimo filme, talvez com uma história pouco brilhante mas com tudo o resto. E entretém! E vive-se! E emocionamo-nos com o filme! E esquecemo-nos que estamos numa sala de cinema! E os números estão aí e não há que contorná-los, Cameron tem os dois filmes mais rentáveis de sempre!Na minha opinião "este é o...filme...pelo qual todos os outros serão julgados", é o filme que marca um antes e um depois, tal como outros de Cameron o fizeram.