Os animais, especialmente os cães, sempre foram um dos meus pontos fracos. Desde miúdo. Há uns tempos atrás dei por mim numa sala de cinema com a cara encharcada ao ver este filme. O que aconteceu em Março deste ano, foi surreal! Parecia um autêntico puto, até solucei!! Sim..sou um fraco :) o culpado? "Marley e Eu".

O livro já me tinha conquistado há 2 anos. O filme foi uma boa adaptação e os actores bem escolhidos. Tudo começa com o casamento de John (Wilson) e Jennifer (Aniston), ainda antes do nascimento de Marley, um labrador retriever que irá virar do avesso a vida do casal. Vendido a preço de saldo, cedo se apercebem que Marley não é um cão como os outros... O filme mostra como um cão altera a vida, neste caso, de um casal. Tudo porque na realidade passa a ser mais um membro da família, que está ali presente em todos os momentos e que vive as alegrias e as tristezas dos donos, e ao mesmo tempo, ingenua e naturalmente, traz alegria e sorrisos mesmo nas horas menos boas. Simplesmente, porque sim!

Numa das passagens mais felizes do livro, o seu autor escreve "Seria possível a um cão...mostrar aos humanos as coisas realmente importantes na vida? Eu acreditava que sim. Lealdade. Coragem. Devoção. Simplicidade. Alegria. E também as coisas não importantes...um cão não julga os outros pela cor da sua pele, credo religioso ou classe social, mas sim por o que elas têm dentro de si mesmas. Um cão não se interessa em saber se somos ricos ou pobres, educados ou iletrados, burros ou inteligentes. Dêem-lhe o vosso coração que ele dar-vos-á o seu. As coisas são na realidade bastante simples, e no entanto somos nós, os humanos, muito mais sábios e sofisticados, quem sempre teve dificuldade em discernir o que é realmente importante ou não... ".

 

Penso que esta ideia é a base do filme. Porque hoje em dia, tudo é tão plástico, com prazo de validade e um preço. É por isso que se valoriza a inocência e a pureza que só as crianças e os animais ainda possuem, pois para eles só interessa o momento presente e vivem sem pensar no amanhã. É por tudo isto que este filme toca e mexe com o espectador. Porque é um filme verdadeiro sobre pureza, amor e amizade. E tudo isso transpira do ecrã para nós que o vemos, havendo mesmo uma cena no filme, quando a miúda dá o coelho a Marley já no fim, para mim só comparável a esta.

"Marley e Eu" é pois, acima de tudo, uma lição de vida. Uma lição para muitos de nós que damos se calhar demasiado valor a coisas que não têm assim tanta importância, esquecendo-nos muitas vezes do que realmente importa e nos enche o coração: o amor, ainda que neste caso sob a forma de um pequeno e travesso cachorro de nome Marley...

Fica a entrevista com o trio de protagonistas.

Nomeado, em 2005, para o Óscar de "Melhor Filme em Língua Estrangeira" (que viria a perder para o sul africano "Tsotsi") eis um filme que encaixa que nem uma luva na quadra que agora vivemos, "Feliz Natal".

O filme decorre em 1914, quando rebenta a 1ª Grande Guerra. O Natal chega e na noite da consoada algo vai mudar o destino de um padre escocês, um tenente francês, um tenor alemão e uma soprano dinamarquesa...

Excelente filme de guerra mas que mostra que mesmo por trás do ódio pelo próximo (ainda que lutando por uma causa) pode sempre existir uma ponta de amor e humanismo.

Fica o trailer e, já agora, os votos de Festas Felizes.

"Losers are people who are so afraid of not winning, they don't even try"

Faltam 10 dias para um dos acontecimentos cinematográficos do ano!! James Cameron praticamente não fez mais nada desde Titanic. Foram 10 anos de trabalho em "Avatar". O trailer visto no cinema é qualquer coisa de fantástico! O difícil neste momento é não subir a fasquia e aguardar...tá quase.

Nomeado para um Óscar da Academia, "Melhor Actriz", em 2002 eis um dos bons filmes desse ano, "Infiel".

Um casal na meia idade, vive confortavelmente o seu feliz casamento até ao dia em que um estranho se intromete entre eles, arrebatando-a de uma forma que para ela se torna obsessiva e que a ele vai criar um "eu" que o próprio julgara impossível..

Com um bom naipe de actores, de entre os quais se destaca claramente Diane Lane, o filme revela como o desejo facilmente se torna em obsessão, que leva inevitavelmente a um sentimento de culpa. É este carrocel de emoções que vive a personagem de Lane e que tão bem transpira do ecrã.

Fica o trailer.