"Andy, you have to look inside and ask this question: who are you trying to entertain - the audience or yourself?"

Adaptado de um clássico da literatura infantil, "O Sítio das Coisas Selvagens" é uma viagem de regresso à infância.

Max é um rapaz solitário e com uma tremenda imaginação. Ele sente-se incompreendido em casa e foge, desembarcando numa ilha cheia de criaturas estranhas, misteriosas e selvagens onde vai acabar por se tornar num rei..

Este filme é um verdadeiro bálsamo. Permite-nos recuar muitos anos ou talvez, quem sabe, acordar a criança que todos temos dentro. É por isso um filme cheio de fantasia onde a história é o menos importante, dando lugar a um filme repleto de ternura, amizade e amor.

Fica o trailer de um dos, acredito, filmes inesquecíveis deste ano.

Jason Reitman conseguiu, mais uma vez (o ano passado tinha-o feito com "Juno"), com uma simplicidade que impressiona tratar temas complicados e fazer um filme muito bom: "Nas Nuvens".

Bingham (Clooney) leva um estilo de vida sem compromissos, livre, passado maioritariamente entre aeroportos, hotéis e carros de aluguer. A acompanhá-lo apenas uma mala. Tudo corre, aparentemente bem, até ao momento que ele encontra a sua versão feminina...

Filme, como já foi dito, de uma simplicidade extrema mas muito tocante, nalguns aspectos. "Nas Nuvens" aborda temas como o desemprego e os despedimentos, mas assenta a sua base na família, nas raízes, nas relações humanas e na viagem que é necessária trilhar até medirmos o que é mais importante no trajecto.

Era impossível falar neste filme sem falar em Clooney. Todos os anos há grandes interpretações no mundo da 7ª arte, mas há algumas que me encheram as medidas, pelo simples facto do desempenho do actor em questão além de excelente, ter sido conseguido vindo de "dentro", pois o papel atribuído tinha muitas parecenças com a vivência pessoal do actor. Assim foi com Joaquin Phoenix em "Walk the Line", Peter O' Toole em "Venus" e Mickey Rourke em "The Wrestler". Assim foi com Clooney neste filme.

No final do filme veio-me à memória uma frase que tinha lido há umas semanas dita por Clooney num festival de cinema e que fez, agora, todo o sentido. Devido a ser o eterno solteirão de Hollywood foi questionado acerca da sua acompanhante, Elisabetta Canalis. Ele respondeu algo do género, A vida é uma viagem. Simplesmente tenho a acompanhar-me uma bela co-piloto.

Nomeado para os quase recordistas 13 Óscares da Academia, "O Estranho Caso de Benjamin Button" viria apenas a conseguir, quanto a mim injustamente, 3 estatuetas.

Benjmin Button é um filme sobre oportunidades, mesmo as que não agarramos. É um filme sobre ter coragem e força para levantar-se após a queda. É um filme sobre ser diferente e conviver com essa diferença. É um filme sobre amor e perda, alegria e tristeza, felicidade e dor. É um filme sobre viver o presente, porque nunca sabemos o dia de amanhã. É um filme sobre aprender a envelhecer, quer se esteja a andar para a frente ou para trás nos ponteiros do relógio. É um filme sobre viver com o que temos, sem nunca perder o brilho nos olhos. É um filme com várias mensagens, mas todas elas se conjugam e fluem para uma só palavra: vida.

O que esperar dum filme realizado por David Fincher e com um elenco que tem à cabeça Brad Pitt e Cate Blanchett? Pois...não há muito a dizer! A qualidade está assegurada logo à partida. Mas depois há os efeitos visuais, uma fotografia belíssima e uma banda sonora sublime! Passa quase despercebido mas o piano está lá sempre como pano de fundo. Depois há as quase 3 horas de filme, mas para quem gosta verdadeiramente de cinema e de um bom filme, qual é o problema? O tempo passa num instante como realmente aconteceu.

Hoje em dia fazem-se filmes dependendo dos actores que entram ou do realizador que o dirige ou das receitas que irá, apriori, gerar tendo em conta o anteriormente referido e o género de filme. Hoje em dia há cada vez menos FILMES e cada vez mais filmes. Felizmente, de vez em quando ainda aparece um FILME como este. Benjamin Button dirá pouco a alguns dirá muito a outros, aqui não há volta a dar, será sempre assim. Mas se forem simplesmente para uma sala de cinema com o intuito de ver um filme e acima de tudo vivê-lo, garanto-vos que acabarão, pelo menos, com um nó na garganta e completamente rendidos a uma viagem inesquecível...