Nomeado, em 2005, para o Óscar de "Melhor Filme em Língua Estrangeira" (que viria a perder para o sul africano "Tsotsi") eis um filme que encaixa que nem uma luva na quadra que agora vivemos, "Feliz Natal".

O filme decorre em 1914, quando rebenta a 1ª Grande Guerra. O Natal chega e na noite da consoada algo vai mudar o destino de um padre escocês, um tenente francês, um tenor alemão e uma soprano dinamarquesa...

Excelente filme de guerra mas que mostra que mesmo por trás do ódio pelo próximo (ainda que lutando por uma causa) pode sempre existir uma ponta de amor e humanismo.

Fica o trailer e, já agora, os votos de Festas Felizes.

Nomeado para um Óscar da Academia, "Melhor Actriz", em 2002 eis um dos bons filmes desse ano, "Infiel".

Um casal na meia idade, vive confortavelmente o seu feliz casamento até ao dia em que um estranho se intromete entre eles, arrebatando-a de uma forma que para ela se torna obsessiva e que a ele vai criar um "eu" que o próprio julgara impossível..

Com um bom naipe de actores, de entre os quais se destaca claramente Diane Lane, o filme revela como o desejo facilmente se torna em obsessão, que leva inevitavelmente a um sentimento de culpa. É este carrocel de emoções que vive a personagem de Lane e que tão bem transpira do ecrã.

Fica o trailer.

Arrasador!! Brilhante!! E por aí fora..poucos serão os adjectivos que não descrevam esta masterpiece de Tarantino! "Sacanas sem Lei" é o, mais que provável, filme de 2009 e uma grandiosa viagem por aquilo que vulgarmente se designa como 7ª arte. E que viagem...

Uma miúda assiste à execução da sua família, directamente pelas mãos do Coronel Landa (Waltz). No entanto, consegue fugir para Paris e começar uma nova vida como dona de um cinema e sob uma identidade falsa. Entretanto, na Europa, o Tenente Raine (Pitt) organiza um grupo de soldados judeus, com o intuito de derrubar o Terceiro Reich, chacinando todos os nazis que se cruzem nos seus caminhos...

O filme é qualquer coisa! O que me ocorre dizer é que tem tudo!! Desde interpretações assombrosas (destacando-se claramente C. Waltz um "desconhecido" que impressiona pela sua naturalidade e à vontade revelado em todas as situações), passando pela multilinguagem utilizada, pelos géneros revisitados (tão depressa nos encolhemos com a brutalidade mostrada como nos rimos à grande e à italiana!) e terminando numa banda sonora minuciosamente escolhida. Aliás, tudo neste filme é mostrado de uma forma bastante cuidada e passa a ideia de que tudo foi estudado ao ínfimo detalhe. O resultado está à vista, um filme absolutamente delicioso que por certo (ainda por cima agora com 10 nomeados!) estará presente na próxima edição dos Óscares. Se assim não for, "rasgo o meu cartão de sócio"!

Fica uma pequena introdução dada pelo génio que trabalhou 10 anos nesta história mas que apresenta aqui a sua obra-prima. Au revoir.

Teve uma nomeação para o Óscar, na categoria de "Melhor Actriz", e é um dos filmes mais sui generis que vi nos últimos tempos: "O Casamento de Rachel".

Rachel vai-se casar. Toda a família e amigos se juntam para tão importante evento, inclusive Kym (Hathaway) a sua irmã, que traz consigo uma longa história de problemas pessoais, conflitos familiares e tragédia...

Este filme é, tal como referi acima, no mínimo peculiar!! Isto porque só é filme, porque foi filmado! Explicando, durante a maior parte do filme dá a sensação de estarmos também nós naquele espaço a ver as cenas decorrerem por si só, de tão reais que aparentam, algo a que os takes longos não são alheios. O filme tem algumas partes um pouco maçudas, mas no geral deixa-nos com a sensação de estarmos lá, de assistirmos a tudo e por vezes esquecermos que estamos em frente a um ecrã.

Fica uma pequena conversa com o realizador, Jonathan Demme.

Venceu 4 BAFTA's (Óscares britânicos) para Tv em 8 nomeações, o ano passado. Por cá é totalmente desconhecido, ainda. Chama-se "Boy A" e é um daqueles dramas com d maiúsculo!

Um jovem passa a adolescência na prisão por um crime em que pouco mais fez que assistir. É solto aos 24 anos numa nova cidade com uma nova identidade, mas o passado persegue-o, independentemente de tudo o bom que faça...

Este filme é daqueles que funciona como um murro no estômago. Um filme sobre as  consequências que advém de algo acontecido no passado. Por vezes qualquer acção por mais bondosa, generosa ou boa que seja pode não ser suficiente para apagar o "cadastro". Será que todos temos mesmo direito a uma segunda oportunidade?

Fica o trailer deste excelente drama.

Era um dos filmes nomeados para a Palma de Ouro em Cannes do ano passado. Foi um dos melhores filmes que já vi este ano. Chama-se "Duplo Amor" e tem data de estreia prevista, por cá, para daqui a um mês.

Leonard (Phoenix) trabalha para o pai. Os dias sucedem-se e na sua vida falta algo, que desde um amor antigo, não voltou a sentir. No dia em que as coisas parecem começar a mudar, o inesperado toma a forma da nova vizinha (Paltrow)...

Mas este não é mais um daqueles dramas amorosos muito vistos com finais previsíveis e a puxar para o sentimento. Este é um filme com grandes interpretações (Phoenix naquele que anunciou como sendo o seu último papel está soberbo) e com uma carga dramática e realista muito grande. Dufresne dizia que "hope is a good thing, maybe the best of things, and no good thing ever dies". Red contrapunha que "Hope is a dangerous thing. Hope can drive a man insane.". Ambos têm razão. Nunca devemos deixar de sonhar e ter esperança, mas há alturas em que devemos parar, pensar e olhar à volta. Será que vale mesmo a pena deitar tudo a perder por alguém que nos dá nada?

Fica o trailer.

Nomeado para o Óscar de "Melhor Argumento Original" (perdido para "Colisão") em 2006, é para muitos a obra-prima de Woody Allen, "Match Point".

Chris Wilton (Meyers) é um jovem instrutor de ténis. Após uma rápida ascensão social, Chris vive com a irmã de um dos seus alunos mas é por Nola (Johansson) que ele sente paixão...

Filme com uma trama bem conseguida e que nos prende de princípio a fim, que mistura obsessão, paixão, desejo, traição e vingança. Scarlett Johansson está neste filme como penso que nunca esteve até agora, incendiando completamente o ecrã em cada aparição sua (principalmente nas primeiras cenas).

Fica o trailer.

Nomeado para 3 Óscares da Academia saiu de mãos a abanar, mas não será esquecido. Não só porque é um excelente filme, mas também por ser mais uma obra do grande Clint Eastwood. Chama-se "A Troca".

Christine Collin (Jolie) após ter saído para trabalhar chega e casa e não encontra o seu filho, que foi sequestrado. Algum tempo depois ele aparece trazido pelo FBI mas Collin sabe que aquele miúdo não é quem diz ser...

Filme bastante perturbador (ao estilo de "Mystic River") onde também aqui a verdade é tão dura de aceitar que talvez fosse melhor não ser desvendada.

É impossível falar deste filme sem referir a raiz do mesmo, a força que o eleva a um patamar ainda mais elevado: Angelina Jolie. Se dúvidas houvessem aqui está ela com uma interpretação enorme a provar que é muito mais do que a mulher de Pitt ou um sex-symbol. Impressionante mesmo!

Fica uma conversa com o realizador e a actriz sobre este filme perturbante.

O 3º filme mais nomeado este ano para os Óscares da Academia, é "Milk" com 8 nomeações.

Harvey Milk (Penn) está farto da vida que leva. Ele sente que pode e quer marcar a diferença. Homossexual assumido procura através duma vitória ao nível da política, lutar por uma causa maior e abrir a mentalidade da sociedade. Uma causa em que não haja diferenciação nem direitos diferentes quer seja pela raça, a tendência sexual ou a riqueza da pessoa. Mas quando se procura mudar, há sempre muitos obstáculos para ultrapassar, alguns deles intransponíveis...

Falar da interpretação de Sean Penn é "chover no molhado". Penn é um daqueles actores que já se encontra um patamar acima da maioria, logo a fasquia só por si já está lá bem no alto. E ele tem-se sabido lá manter. Acredito que esteja a caminho o 2º Óscar, ele que já foi nomeado por 5 vezes e sempre para "Melhor Actor"!

Fica o trailer deste belíssimo filme.

Nomeado para 2 Óscares da Academia este ano, eis "O Wrestler".

Randy Robinson (Rourke) é um profissional do wrestling que teve os seus tempos aureos há anos atrás, contudo ainda é uma lenda viva no ringue. No entanto, o coração já não é o que era...

"O Wrestler" é um grande filme! É um filme sobre segundas oportunidades e acima de tudo sobre a massa de que somos feitos. É muito difícil mudar, por muito que algumas vezes se tente.

Rourke está impecável numa personagem que tem muito de similar com o desenrolar da sua vida (também ele subiu alto na 7ª arte principalmente devido a "9 Semanas e Meia" vindo mais tarde a ser pugilista durante alguns anos e tem agora o seu "regresso à alta roda"). Para já o Globo de Ouro já o conseguiu, o Óscar talvez seja mais complicado...

Fica um belo vídeo com o tema principal do filme (acredito que Bruce Springsteen não está nomeado para o Óscar por já ter ganho uma vez).